Friday, June 30, 2006

Jornal Reptiliano

Foi encontrado, na Irlanda, um pastor em contacto directo com a Divina Providência, devido à raridade desta situação, dirigimo-nos ao mesmo e requesitamos a sua opinião em relação a Deus:

"Yahweh really is at times like a stand up comedian. I mean, in all of world literature as well as scriptures from all religions, there is simply no figure that can even approach Yahweh’s dark humor.
Just the way he taunts Israel. He says, “Hey man, check out all the nations around you. Who were their gods last year? Who were their gods a hundred years ago? Same gods year after year and century after century.
“But what do you people do? I bring you out of Egypt and you switch from me to worshiping these pieces of wood and stone. How do you expect me to feel about this? I am married to your children and you treat me like I am a piece of shit.”
And Yahweh goes on like that--satiric, ironic, and beseeching for over a thousand years. It is incredible. "


Questionamos sobre a credibilidade dos seus colegas em relação à actividade espiritual:

" I notice that a lot of my minister associates are like those ancient Israelites—they worship doctrines and interpretations that are made of stone and wood rather than the Living God who created the stars and galaxies above and the women whom we love. "


Insistismo, perguntando como é que chegou à Conversação com a Divina Providência, e se a sua religião oferece os meios e as condições em ordem a conseguir uma ligação desta natureza.

"In those days in Ireland, a Christian priest could also be a bard in the druid tradition. In those days, they still trained the five senses to look inward whereas today we rely on scientific instruments to amplify the perceptions of our senses."

Foi descoberto, na mesma situação, um Muçulmano, deixamo-lo expressar a sua opinião sobre o panorama que se vive:
"Mohammed, somehow he got hold of Gabriel and the angels of the lunar sphere. Have you ever listened not to the words but to the mood of the Islamic Call to Worship?
"There is a hypnotic serenity that yanks you out of the outer world and into a world of inner peace. No wonder they like to blow themselves up. That peace is so addictive that they can’t deal with withdrawal symptoms that come when they have to face reality."

Mais informações em:
http://www.lava.net/~pagios/talkshow3.htm




Já não é noticia para o leitor o interesse tomado por parte de Manson no nosso trabalho, a pedido do mesmo, permitiremos a transcrição de uma pequena entrevista.

What do you think is the way of thinking of those so called children of the New Aeon?

M. M. "Do we get it? No. Do we want it? Yeah."

Can you say further?


M. M. "All the thug rock kids are playin'. All the punk god angels sayin' "The toys are us and we don't even know" GO! GO! GO! Doppelgangers!(You're one of us! You're one of us!)GO GO GO - Throw your shapes doppelgangers. You're one of us!"



Please be more specific.

M. M. "Perpetual rebellion with absolutely no cause. Stop the song and remember what you used to be: somebody that could fucking impress me."

Alright, do you believe that Agape is the Law?
M. M. "It's too hard to hold hands when your hands are fists, therefore the day that love opened our eyes, back in the third world war, we watched the world end"



So what do you think that Thelema, or the Will, means when it is put above Love; and Horus avenges his father, Osiris, slaying Seth?

"You drained my heart and made a spade, but there's still traces of me in your veins. And we said 'til we die"

Many people claim that you are into satanism. What do you think about the workshipping of Satan?

M. M. "open your third nostril, put on your black face, and your god is gone"

So what do you think the devil would have say to us were he incarnate?

M. M. "He is incarnate and he has been saying for years and years "I'll be your scapegoat, I'll be your saviour" so that we won't take responsability, and have no real power thereof. But mistake me not, I'm not a puppet, I am a grenade"

Whatever.


Enviamos, na esperança de uma entrevista mais concisa, um jornalista ao encontro de Satanás, e falamos com ele sobre o pecado. Depois, decidimos fazer o mesmo com várias outras entidades.

Satanás: "Pecado é tudo aquilo que nos abstem de ir para o céu, e o maior pecado é acreditar no que Deus diz." nota: 5

Jesuita: "Tudo aquilo que te separa do teu Deus é pecado. Tudo aquilo que fazes e que vai contra a tua ética." nota: 8

Uma das Mulheres Escarlate: "Se tivermos em conta que pecado é ir contra a Lei Divina, seria forçada a afirmar que qualquer lei divina imposta no exterior é lei forjada pela mão do homem. Assim sendo, o homem instituindo as suas leis, tem a escolha de as seguir ou não. Acreditar no pecado é escolha daqueles sem Vontade nem Liberdade; aqueles que seguem a vontade de outros." nota: 8

Willmyoungblood: "A moral não existe em si mesma, foi nos imposta como meio de controle. Assim sendo, o pecado é igualmente não existente." nota: 7

Buda em forma de Diabo: "Pecado é ir contra a nossa própria Vontade." nota: 8

Padre: "1 - Gula, 2 - Perguiça, 3 - Inveja, 4 - Vaidade, 5 - Luxuria, 6- Ira, 7 - Ganancia" nota: :S

Taoista: "Agir contra o caminho do Tao, agir em contrário ao que diz a Consciência e o Equilibrio Cósmico" nota: :/

LVX Oculta: "A ignorância e a falta de educação. Os gelados da magnum. Ir contra a norma social." nota: 3

O Espirito Quebrado de um Lobo: "'Aquele sem pecado que atire a primeira pedra.' Ninguém atirou a pedra, porque o pecado é a culpa dentro do sistema de crenças de cada um, e todos a temos. Para mim, criar leis que se voltam contra a natureza é o maior pecado." nota: 7

Diabo em forma de Buda: "Pecado é só mais uma forma de experimentar a realidade. Uma pessoa percebe o que é o pecado ao vive-lo." nota: 10

Diabo: "A Madre Teresa em campanha contra o uso de contraceptivos em Africa, de forma a causar o nascimento e a morte de centenas de crianças" nota: 3

Bill Gates: "Um homem moderno não acredita no pecado" nota: 5

Aiwaz: "A palavra do Pecado é restrição" nota: 9


Anton Lavey: "1- Estupidez, 2- fingimento, 3 - projecção, 4 - iludir-se, 5 - conformismo de manada, 6 - falta de prespectiva, 7 - esquecimento das doutrinas passadas, 8 - orgulho contraprodutivo, 9 - falta de estética." nota: alguem me cale este gajo.


Mais informações em: http://groups.yahoo.com/group/deitus/

A comunidade ri-se de toda esta estupidez.
Convosco:
A Gerência

O aspirante deverá deixar velhos hábitos e costumes. E, ainda que o seu sistema nervoso se ressinta, este deve utilizar a tensão em processo criativo. Então, que o aspirante morra, e que não lhe seja possível encontrar nem a sua campa, porque a sua morte é vida e a sua força a do rio que corre fluentemente.
O aspirante deverá tornar-se conhecedor do além-tumulo, e capaz de resgatar a morte quando a reconhece, pois o nome mágico da mesma é Vida. Ele deverá dominar a morte e os mortos.


CAP I
LIBERDADE
2 – Morte

II


“Assim sendo, de que forma me devo adaptar e utilizar os vigilantes?” Procurei ultrapassar a situação. Virou-me as costas num movimento de graciosidade reptiliana, deixando-me a vista das suas costas pálidas e repletas de pequenos lagos escuros, entre nevoso campo, de nódoas negras. “Deixa que te devorem estes teus estimados abutres, cava para ti uma cova, deixa-te como morto, não penses.” Naquela mesma noite, por desespero, cavei para mim um buraco e procurei adormecer no mesmo, sendo que a insónia me conquistou e tudo o que consegui foi a permanência daqueles olhares ardentes.
Chegou a manhã, e, erguendo-me, encontrei a Morte a engolir a carne podre de determinada ave, a carne pegava-se, facilmente, aos seus dedos. Passava, geralmente, pelo mesmo ritual, mas fora esta a primeira vez que o/a encontrei na mesma situação. Juntei-me a ele, ofuscado pelo manto negro que hoje vestia, e sem lhe puder ver a face. “O que és afinal, o diabo, ou a morte?” Brinquei, um pouco horrorizado não obstante, causava-me, de momento, asco ver o que agora via, enquanto faze-lo eu própria se tornara indiferente a meus olhos. Riu-se, com carne desfeita besuntando os seus dentes e deixou cair o manto sobre a carcaça. “Chama-me de exorcista! A flama de todos os corações: Amor. Todo o homem árido,” chupou os restos que insistiam em permanecer no seu dedo, enquanto limpava a outra mão ao seu manto “todo o homem casto, morre aqui. Eu amaldiçoarei este com uma libertação, mas eu abençoarei os livres, aqueles que tomam sempre a sua enchente de emoção sob e sobre as correntes do mundo.” Sorri interiormente. Desejava conversar sobre o que se sucedera no último ordálio, quando a morte, ou o diabo, estava a existir na forma de homem. Não me sentia envergonhado, não me sentia, sequer, culpado. Porém, eu não discutira a homosexualidade com o meu companheiro. Ele, para bem ou para mal, interceptou-me. “O Amor é isto: Nós somos irmãos, e como irmãos não deve haver um pingo de vergonha entre nós, pois a vergonha causa a separação, e a separação causa a dor. Devemos, sempre, encher o copo da nossa alma, deixa-lo transbordar. Somos irmãos sob as estrelas, irmãos incestuosos” enrolou-se em mim como a serpente de Éden e beijou-me com a sua lingua suculenta o pescoço, soltando um perfume pútrido e, todavia, atractivo “para que mantenhamos o seu sangue mágico! Não há diferença de irmão para irmão, o amor não diferencia, une! Assim, existem certas serpentes do corpo que se ão de soltar. Então, todos os poderes do Universo estarão ao nosso alcance, pois nós seremos o Universo e a sua dinâmica criação.” Ri-me, ainda não habituado à nova presença, e pus-lhe resposta. “Cada um possui o seu caminho, o mundo, como muitos já disseram, não passa de uma selva, um, esmagará o outro para seu prórpio proveito.” Os seus olhos grandes, negros e redondos apontaram para os meus e senti-me, de novo, morrer, engolido em densas trevas. “Tolice! Tolice! As estrelas brilham de amor, mas cintilam e ardem de guerra, sem duvida! Porém, a sua guerra consiste em aumentar o seu amor e envia-lo por todo o Universo, e mesmo o seu amor consiste nessa guerra. Tolice dos homens que caem, moribundos! Tolice dos homens que devoro, já tanto ou mais podres quanto este pássaro.” Apesar de toda a fervorosidade, permaneci na opinião de que o Diabo, ou a Morte, acabava por ser pouco prático. Utilizaria os seus ensinamentos para obter mais independência das suas ideias. O meu papel, por agora, era, e proveitosamente, apenas de aprendiz.

Assim que a noite iniciou e o céu nocturno se abriu, procurei de novo a cova, agoniado pela antecipação daquela presença penetrante a que a morte intitulava de “imortais”, sem distracções em que me refugiar. A minha ansiedade provou ter razões de ser, mas, desta vez, ao fim do que pareceu um tempo sem fim de infindo tormento, reparava tornar-me cada vez mais nestes luminosos olhos, reparava ser magnéticamente atraído, como se transportado até aos mesmos. Finalmente, como que sugado através deles, fui lançado no absoluto, no vazio, no nada que, ainda assim, era todo o universo. Permaneci neste estado de paz profunda, vazio de pensamentos e até de sensações, até dar comigo desperto na tarde seguinte.
A morte esperava-me, posicionada sobre mim como uma rapina, o seu nariz peculiarmente longo e fino. Aguardou que me colocasse sobre os meus pés e conduziu-me, silenciosamente, até uma árvore curvada e enrugada, de sete frutos escuros. “Esta é a Árvore da Morte. Tu entenderás o que está por detrás de cada um destes frutos, então eu vou-te questionar sobre a tua compreensão dos mesmos. Nessa altura partilharemos do Conhecimento. Tu deverás contemplar estes frutos desde o pôr-do-Sol até ao momento que nasce o mesmo. Começando agora.” Eu sabia que, por exemplo, a voz da morte, só por si, me ajudaria a compreender. Noutras condições, pensaria ser este um exercício inconcretizavel, ou subjectivo à ilusão pessoal. No entanto eu aprendera, ainda que não quisesse, que tudo era ilusão. Sentei-me, fitei o negro brilhante do primeiro fruto redondo, ele parecia reflectir uma luz que, uma vez atravessada, permitia o acesso aos íntimos segredos por detrás. Aguardei.

As paredes mostram-me bocas roxas e rosa, repletas de presas e de lábios descarnados; as paredes sagradas da minha casa, do meu templo, do qual procurei escapar...

Vamos lá, convidaram-me hoje para beber uns copos, mas alguns estranhos são tão estranhos que chegam a ser opressivos; que chegam a penetrar-me, a lamber-me as entranhas com olhos prescutantes, interrompem-me de mim para mim, com perguntas impertinentes e sem qualquer importância para uma vida continua da qual não vale a pena tirar os olhos, a risco de perder uma chave mestra. Então eu recusei o convite, adiando-o para mais pacifica ocasião em que os estranhos fossem mais como pontes de mim para mim, ilhas sem mapa que só podem ser aprendidas pela experiencia e lá encerradas no silêncio de tudo o que não pode ser descrito.

Bebi então duas cervejas na minha companhia, ignorando todos os outros entes desta minha habitual habitação; e apeteceu-me fumar bastante, como se isso significasse seja o que for. Enrolei uma camisa à cintura e sai, um vulto negro numa noite roxa; não haviam dentes no céu estrelado de Nuit a minha esposa, sabiam-me a uma aragem nocturna e crepuscular de perdição livre e deslizante. As estrelas eram mais como olhos que rasgam em fogo, mas senti-me embalado pela calmaria serena do mundo obscuro. Quis dirigir-me um pouco mais longe, àquele outro café em que consegui confundir-te de novo, naqueles momentos em que os nossos astros se misturavam e se fundiam, sacrificando-se a um maior magnetismo. Ficava como um lobo que te lambia as cochas e um diabo que reconhecia em ti a marioneta. Deleitava-me e sacrificava-me em cada jogada. Afogaava-me em cada lágrima, porque vinhas sempre já desesperada. E ali renascia como o Sol sangrento contra o horizonte, disposto a fazer-te ver a luz dourada dos novos dias igualmente dourados, por causa de nós, porque os estandartes de liberdade ali oferecidos, devido aos sonhos a teus pés: que pretendia tomassem vida e te preenchessem o peito numa nova e leitosa noite. É claro que não encontrei mortalhas. Não disse obrigado, disse "OK", ele brincou com a minha expressão e enviei-lhe então uma boa Nuit, não fosse o Mar Negro ser-lhe desfavoravel (não que quisesse realmente saber).

Descobri as minhas mortalhas, pedi o meu café e o meu copo de água, perguntei se podia apossar-me do cinzeiro. Atirei um "se faz favor", logo me arrependendo. Culpado por ter cão e por não ter. A simplicidade do ''se faz favor", passa pela ignorância e pela divisão do sentimento de culpa social. A senhora faz o que faz, recebe o seu dinheiro, eu usufruiu dos seus serviços, e depois brincamos ao estranho teatro da gratidão insignificante. Talvez o primeiro tipo tenha inventado o se faz favor por remorso de haver inventado um sistema tão idiota de troca, talvez por querer disfarça-lo, talvez por ignorar que cada um deveria agir segundo o Dever do seu mais Intimo Ser e não pelo que impõem à nossa enferma percepção. Continuo a deixar cair merda que me puseram na boca.
Demorei-me um pouco, porque para lá daquela porta, o céu aberto deixava demasiadas coisas distantes tocar-me ao sabor dos raios estelares. As pedras da pequena rua sangravam contra a minha alma a cada passo, a solidão pesava-me contra ela. O rompimento de todo o meu panteão de deuses vivos, aqueles meus irmãos de sangue, com que partilhei as derrotas e as vitórias de quase coisa nenhuma. Evaporavam-se por razões fora do controle quotidiano, talvez pelos estranhos entre cada coisa e uma outra coisa, talvez pelo fermento das estranhas bestas que nos chocavam sem sabermos como, talvez porque todos aqueles pequenos ovos rompem por gravidade apenas; talvez porque dor, porque a separação possibilita a união; talvez o terror sem fim do isolamento entre as estrelas e dos gritos mudos dos que para lá agonizam, talvez porque só depois disso nos unimos aos que amamos. Eis o panteão dos meus amados, distantes, no que dizem os astros sobre o tempo e os destinos, distantes como para qualquer outro religioso que não vive a divindade entre os homens. A nossa historia, os nossos sulcos, a nossa memória. Então mais uma pinga de culpa me envolve, de culpa por coisa nenhuma. De culpa por dividas de sangue que se perdem em novos estranhos. Sempre novos estranhos... Sempre fantasmas entre rebanhos. Sempre a neblina que cobre e oculta o lobo entre as ruelas do tempo, da eternidade e do momento.

Chegado a casa, escrevi, e contei mais um momento inútil perdido no meio da estupidez ilimitada dos sulcos da existência.




"Cabe a cada um de nós libertarmo-nos da cobiça, do ódio, da inveja e da insegurança. Porque são formas de controle. Querem-nos fazer sentir patéticos, insignificantes, para que de livre vontade possamos desistir da nossa Soberania, da Liberdade, do nosso Destino."

Thursday, June 29, 2006

A Naifa - Fé
by _nuno Marques

tenho uma estátua fluorescente da virgem
maria que me dá confiança e brilha à noite.
tenho os joelhos magoados. o calvário dos fiéis
devia ser menos árduo.
tenho trezentos e sessenta e cinco santos numa
caixa calendário daquelas em que cada dia
tem um chocolate.
tenho um lencinho branco onde limpo as
lágrimas enquanto assisto a uma vigília via tv
depois da minha última ceia de hoje.
às vezes quando o vapor é muito, tenho o
salvador no espelho. deito-me de consciência
limpa, não me esqueci das velinhas, nem de
deixar a moedinha na caixa, e o meu "livro de
orações" tem um delicioso cheiro a mofo.
dormirei o sono dos justos e talvez não acorde
quando o galo da minha vizinha cantar três
vezes e o meu senhorio o tentar apedrejar.
sinto-me bem e deus queira que consiga não
me masturbar.
ámen.

Grito de angústia

Grito de angústia, grito por socorro só para as minhas entranhas. Obtenho respostas depressivas do interior dos temores. Combato o contente por desprezo engolindo em seco e como o triste alento…
Largo baforadas de ânimo viciante com sabor a fel…para matar!
Vomito o fumo que sorvo, renegando um mal exterior, vem me o azedo do alimento à garganta e a liberdade sobe me à cabeça.

Falo porque me impele o dever. É na senda da liberdade que jaz o meu caminho e dos meus seguidores. Talvez um dia eu possa eclipsar me mas até lá a minha palavra será lei…e todo o universo agirá em conformidade. As forças emergirao dos meus pulsos com gritos de combate até que o homem não deixe mais de ser livre. Assim seja!

Laughing Shame

Monday, June 26, 2006

Eu vivi até ao limite, e, no limite da vida, encontrei um escorpião. Esse escorpião feria-se a si mesmo mortalmente e a sua morte foi o veneno do meu coração, que cedo cuspiu uma serpente muito sagrada. Eu Sou Morte, e os mistérios da Vida abrem-se agora para mim. O necromante deverá governar o mundo pequeno.



CAP I
LIBERDADE
2 – Morte







I

“A nível conceitual e ideológico libertaste-te. O que quero, de momento, é que me confirmes o domínio da morte em relação à vida. Assim sendo, começamos pelos hábitos físicos e rotineiros, escolherás alguns e deixarás que morram, isto é, ver-te-ás livre dos mesmos; isto possibilitar-te-á uma diferente poupança energética, e peço que a utilizes de modo criativo e artístico.” O Diabo brincava com a sua pequena harpa, que se transformara numa harpa de ossos; e o próprio me surgia como imagem da morte, de carne negra (ou pálida) e apodrecida, simultaneamente lasciva e atraente, de uma peculiar suculência. Ele era a figura de Vénus se Vénus fosse também como a figura da Morte. Com esta harpa era composta uma canção, em fábula, da boca da Morte. “Certo dia, Adónis dormia, quando um sussurro o fez sonhar com a corrente estelar dos fabulosos dias. Quando do despertar, já não se encontrou, planando para lá do destino... Comeu o próprio Saturno, ergueu o submundo e deu asas ao seu aluno. Seu, foi, inteiro, o mundo. Saturno é o Senhor dos Sussurros, mas a sua boca constitui-se dos vazios mais soturnos. Ha mil Luas onde a sua boca ilumina, assim são os aneis. Não ha Vénus sem dissolução, e não ha arte sem matéria e não. Quedando-se no Templo desta hora, seja entendido que também, na sua forma, sofre um Deus. O Sofrer de um Deus é como o doce brotar de perfumadas flores no globo da Terra. Um Senhor do meu Nome saberá abster-se, sofrer, morrer. Eis o meu sorriso, o meu deleite. Como a avestruz afundo na terra e aí todo o homem e toda a mulher geme na volupia de Ser. Porém, não ha no meu haver que sou o Sacrificio do Amor? Pois os meus hinos são melodias de prazer e dor, pois canção minha é o Amor. Eu Sou a dupla baqueta laminada, e a espada que empurro em corpo intruso é-me no peito cravada. Os homens são astros numa dança sedutora do meu centro, cada um espeta a sua lança no meu coração inflamado e é curado. A maior vítima do Amor foi a que ganhou por seu intermédio a resplandecente Liberdade. Não ha Vida, não existo morte, sou só Amar. A Sabedoria e a Compreensão são os meus pés quando Dependurada, meu olhar o sinal do Crepusculo, da Alvorada.” Apesar da minha treinada versatibilidade perceptiva, eu não pude entender muito do que ele dizia, mas ele explicou-me que se referia ao amor, e que o amor não racionalizava, compreendia pelo simples facto de compreender. Depois, explicou-me que poucos percebiam a linguagem do amor, e que, o amor, tal como a morte, simboliza, para o homem, o desconhecido, o além. Todas as demandas espirituais se iniciavam assim pelo Desconhecido, apesar do Graal a ser buscado se intitular por Conhecimento.
Para o exercício que me fora pedido, eu decidi não utilizar certas palavras que sentia serem, para mim, mesmo em termos ideológicos, grilhões, e cessei com o tabaco durante algum tempo, tendo, inclusive, evitado cruzar as pernas. Utilizava a energia nervosa gerada para engendrar variados planos, e tomei o hábito de escrever estranhos manifestos, rabiscando e desenhando figuras algo abstractas. O Diabo chamava-lhes “shape-shifters”. Então, ele pediu-me que observasse a minha própria mente, composto em meditação, como matéria morta e inerte, ainda que com determinados movimentos mecânicos. Esta passou a ser também uma prática diária, e eu não entendia, de início, a sua finalidade. Uma vez mais pouco à vontade, fitei a sua lustrosa figura de morte e de mulher, que se passeava nua com os redondos e descaídos seios a projectar toda uma atractiva pestilência, e, com a sensação de que me dirigia a um naco de carne cuja única vida era um encantamento e uma fascinação, questionei-lhe sobre a harpa de ossos, e a mudança da sua aparência. Sobre a harpa, elucidou-me que ela significava a voz da experiência. Relativamente à sua aparência… “Qual das duas: Não mudei de todo, tu mudaste. Ou, eu mudo porque sou o diabo e porém tu, como humano incompetente, ao mudares, nenhum dos teus irmãos igualmente incompetentes o percebe.” Reflecti, sentindo-me oprimido pelo pesar. “E a tua historia altera-se também?” Esbugalhou os olhos como um frio e invulgar peixe. “Sim, passeava-me no Éden ainda antes de Adão e Eva; Lilith, chamavam-me.” Soltou uma risadinha por entre os lábios grossos, que tapou com os seus dedos carnudos, e não pude deixar de reparar como os ruivos cabelos cintilavam como pérolas no Sol daquele Éden em que me perdera. “Oh, era uma tribo que aqui havia: o emissário do grande vidente, que se mostrava alojado numa cave, surgia, no exterior, como um vulto de morte, ele casava os homens com a terra, e com as mulheres. A morte presidia a estas duas coisas, mas, um dia, levou-os a todos, porque a promessa do casamento é uma promessa de eternidade. Também sou aquele homem que, por não estar ali, é uma insistente presença, este homem pelo qual todos esperam e todos desesperam, todos vivem e todos morrem.” A sua voz sugava as partículas de existência e tornavam-nas num eco da sua eclipsante influência.
Segui as instruções, juntamente a uma dieta consistente de bodes e animais mortos. Com o tempo, apercebi-me de que o exercício meditativo me levava a permanecer constantemente em estado e vigilância, inclusive durante o sono. Primeiro, sentia-me apodrecer por dentro, mas sentia-me agora um lampião guardião do Fogo Secreto, portando-o para onde quer que voltasse a minha consciência. Isto abriu-me muitas portas que eu não explicarei por agora, bastando-me dizer que passei a habitar um plano paralelo construído em pura luz e puro espirito. Segui os mesmos passos para o mundo exterior, a principio qualquer objecto perdia a sua importância, então apercebia-me do movimento de elementais, também eles parte da morte e da putrefacção, depois, comecei a aperceber-me da presença de estranhos “Olhos de Luz” por detrás de cada forma geométrica e de cada material. Assustava-me com o facto de, agora, a minha liberdade de realidade estar a ganhar vida própria, de descobrir algo que se separava a si mesmo, por força, irradiação e valor, do meu próprio adquirido nihilismo. A sua chama negra não ganhava força suficiente para devorar esta dura luminosidade. Pedi o concelho da morte. “Estás a ser comido pelos teus abutres pessoais. Somos todos alimento para os Imortais…” E fui deixado em pior estado do que aquele com que partira para esta iniciativa.


"Eu a expelirei dos homens: como uma encolhida e desprezada rameira ela rastejará por ruas molhadas e escuras, e morrerá fria e faminta" - Liber Al Vel Legis


Eu sou Ra-Hoor-Khuit, tu a minha irmã incestuosa, não deverei pedir de ti nada, mas tu vais dar! Porque o nosso sangue é imortal.

Eis a terceira oferta de sete x sete + 1.
Á Estrela, a Seth, a Therion.


III

1.
1.1
. In brilliant gallant white
. . She comes serene, all confort's night
. ' . She holds my hand, and now we mend
: : Her's the Word of Light


2.
2.1
: : Breathe the elements
. ' . Atract to nourish
. . Destroy to banish
. Give all and a bless in Ra-Hoor-Khuit's fest


3.
3.1
. A silent voice penetrates all the noisy sounds
. . Fear grabbed by the net of this spell
. ' . All alien and harmonizing
: : All homefull, while you won't sleep nor be awake


4.
4.1
. Nothing comes out of nothing
. . Two points of light are beginning to contact
.'. There is a fire burning bright
: : The thunders of the chest shall shake you until you're put to rest


5.
5.1
. Atract a pact
.. Cold and exhausted
.'. The hot flame that giveth all in a burst
: : To let it's children loose, dancing to it's curse


5.2
. Once for sleeping, twice for dreaming
. . Thrice for Hades, the fourth for Cereberus vommiting the dead
.'. Five for the mother in both worlds, in here she's plentiness, in there harsh dreams
: : 6 for the places where we meet and don't meet, because by Venus and the five pointed star we fly this far; 7 for the abyss you want to inhabit and enlight in heaven's pit.


6.
6.1
. You are heading down to death
. . All seems perfect, even the sky is brighter
.'. You feel like flying
: : But there is treason in everything: You are doomed to die diarly


7.
7.1
. We all reunite, black roses, white dead bodies, we smoke and make a song out of a poem
. . We sing about the dead ages and call it the new way of life; we valse around the dead whore drinking bad wine
. ' . You dare to take my attention in a wake up call, Aries circling upon me
: : I travel the world to the tall towers of fall; all is fog, and the wolf hunts now my flock, one by one.


7.2
: : I insist I die! I order you to die! I dominated you! I created you!
. ' . I will bind you to me and tell you: love me, desire me
. . I will throw myself in this abyss, I will kill myself, blame you, poison you, kill you with my blood
. We will make flesh out of love, and we will eat each other's heads. It ends.



"We hate love, we love hate"
"Do what thou Wilt Shall be The Whole of the Law.
There is no Law beyond do what Thou Wilt.
Love is the Law,
Love under Will."
"When you are suffering, know that I have betrayed you"

Eu era uma besta sob o seu amor.
O fogo que ela ateava era um ódio que eu amava.
Ela era traição em cada palavra, e eu usava-a.
Ganhara o direito à supremacia.
Então quis com ela uma vida.
Ela era abandono em cada susurro, e usava-me.
Eu matava-a diáriamente, ela era o meu amor sob a minha Vontade.
Eu enaltecia-me no seu choro, e cansado,
porque por ser livre evocava a derrota,
decidi vencer a sua felicidade,
construir, só por ela, toda uma verdade.
E eu dizia: ajoalhai! e ela ajoelhava-se, até o seu sangue era traição por ser paixão.
Foi então, que algo maior do que eu ali se ergueu,
chamava-se Vontade, que também ela o tinha,
arrancou as sementes de mim, espalhou os meus sonhos
sobre os seus nus pés e pisou com luxuria, lambeu o meu sangue,
e todo eu uma calada lamuria, e todo eu alvo da sua furia,
um falso rei apunhalado pelo seu povo,
odiava-a, a morte eu desejava,
ela tirou-me tudo e deu-me a beber, pela sua mão, da amargura
arrancou-me de um só trago a cabeça e acabou com a minha miséria,
ouvi então vozes e ecos de falcões, acordavam-me com uma luz
que dentro se acendia, não fora,
as suas palavras de vingança, sem amarras,
depois, ela beijou-me a testa, deu-me a mão
e levantando-me, vi-a, amei-a só então.

Ela disse-me, "Amor é a Lei, Amor sob Vontade"

Sunday, June 25, 2006

Jornal Reptiliano


Noticia de primeira Página:

Discurso de Cipreste:

"Jóvem povo Ocidental, eu preocupo-me, antes de mais, com a sanidade dos habitantes sob as estrelas, estes não sabem ainda que são os habitantes das estrelas, e que caminham sobre o infinito do espaço, igualmente infindos! Assim hoje vos falo eu da espiritualidade, e porquê? Porque eu desejo honrar os antepassados da minha cultura, vindos precisamente do Oriente, do Antigo Egipto, onde o Faraó era também o sumo sacerdote. Senhores e senhoras, o Papa já não nos serve, também a santidade não está ao alcance de todos, nem todo o homem tem facil acesso à epsiritualidade, mas todo o homem conhece de cor a cor do sarcasmo e do humor. Assim vos peço, que nos riamos! O homem ocidental deve deixar de levar seja o que for a sério! Pois a sua doença consiste na fixidez da sua realidade! O humor levará a cabo a extreminação do seu próprio gracejo! Eis ai, quando limpo o campo de percepção do homem, a verdadeira santidade, livre para ser exercida."

Cipreste manejou-se então de forma a apoiar um seu rival na disputa pela presidência, surpreendendo os seus próprios apoiantes:

"Outro Rei compete comigo, mas eu devo mostrar que nenhum rei se atravessa no caminho de outro, pois a verdadeira soberania é sempre absoluta e livre de impedimentos. William Young Blood, ou será Will My Young Blood, ou... Will My Young Butt?... implantou a ideia de que todos os votos sejam documentados, devolvendo o poder aos votantes, e levando aqueles que desistem do seu voto (porque no seu inconsciente, acreditam que não fará diferença) a voltar. Esta ideia será completamente apoiada por mim, arracaremos o poder aos fascistas dos quais todos somos simples comodidade."

Um nosso infiltrado comentador, Jon Sheline, recrutado da comunidade satanica intitulada de Deidade, deixou-nos, sobre o assunto, as seguintes palavras:

"However, this idea relies on the premise that governmental corruption operates on a single plane, in two dimensions. In reality, the corruption is three-dimensional. It's a tangled, sticky web of malignant strands connecting the government, corporations, and (surprise) the church. The government (federal, state, and local) may be giving the edicts, but the control comes from big business (with countless agendas, none of which involve the well-being of the people) and the church (which survives by devouring the lives of the weak-minded). It's an unholy trinity; and like all corrupt systems, doomed to collapse under its own massive weight before we the people can affect real change.But hey, don't let me be mistaken for a resigned doomsayer who incessantly chants, "give it up,there's nothing we can do, all is lost." Doing something is better than doing nothing, and Your idea sounds like something.In the meantime, let's remember that there are still freedoms we enjoy, so smoke 'em if you got 'em! HAIL SATAN! "

Suspeita-se de uma aliança entre os dois candidatos. Porém, WillMyoungBlood arrojou o seu discurso de forma a não poupar votos a Cipreste:

"Think back to the 50s the most controlled time in our recent history, human are not that placid by nature and the 60s prooved that because the children of the 50s didn't buy into the brainwashing and started seeing things for themselves, and erupted and fought back against their oppessors, but unfortunatly they too were returned to the flockeventually because they needed jobs and after a whjile they gave up their freedoms for survival, then it was just easier to do as your told, more profitable and made life not so hard... AVE!"

Eis os comentários dos nossos agentes no planeta:
"Ignorance is bliss." - "Life is easier when you are lazy and stupid"

Cipreste repostou:
"A realidade humana está sempre disposta à fixidez, em contrário à fluidez, dai criam-se os sistemas, que permitem um minimo de manobra daquilo que já é fixo. A isto chamamos entropia, a gravidade que leva o homem à estagnação, ela começa pelas forças naturais e fisicas deste planeta, até à forma como pensamos. Os sons guturais que a nossa garganta emana, são transformados em sistema por via da nossa linguagem, ainda assim, a nossa linguagem é limitada, porque o homem não aprendeu ainda a usa-la para o nobre proposito da desconstrução. Assim se passa com a politica, habituados estão à sua sistematização, ora politica de esquerda, ora politica de direita. Mas a politica está presente em qualquer acto que influencie o universo. Deixemos, com paciência, que se torne no próprio Universo, e todo o politico será um Iluminado. Vocês chamavam à ordem a negação das várias possibilidades em proveito de uma, eu chamoa isso desordem, sendo que só o sistema fechado está, curiosamente, sujeito a este virus que de nós fez mecânicos. Citando Austin Osman Spare - 'From birth I have lived in a chaos as of normality, everything around me like a nagging termagrants...' Hoje em dia, o trono é dos cobardes, dos parasitas! Eu venho por um fim ao medo! O desconhecido não mais deve ser temido: o medo deve ser abraçado, meditado, até evocado, então tomando conta dele, declarando a responsabilidade de tomar conta dele! Devemos transformar-nos no novo Dragão da Iluminação! Esta é a Nova Ordem! 'De todo não temais; não temais nem homens nem destinos, nem deuses, nem coisa alguma. Dinheiro não temais, nem risada da tolice do povo, nem um outro poder no céu ou sobre a terra ou sob a terra. Nu é vosso refugio como Hadit vossa luz; e eu sou a potência, força, vigor de vossas armas' "

Marilyn Manson, integrado desde a ultima edição como um dos nossos colaboradores, elogiou-nos com a sua negação-afirmação "This isn't me, I'm not mechanical", o Santo Fausto colaborou:
"As we move into the 21st century, we are seeing the decline of two formerly closed systems of thought. The first is Communism, which has largely died in the West. The second is democracy. Our society faces vulnerabilities from outside because we are not a closed system. We exist in a world which is now one world, populated by others of all kinds. Even as we attempt to re-cohere in the face of changes to the way we've lived problems arise. Parents, understandably, are fearful for the welfare of their children. More and more the tendency to rigidly structure their lives to restrict outside influences appears in divergent ways."

Foi enviada, por parte de Jeff Buckley 777 Black and Blue, uma cassete com o comentário seguinte da situação planetária ocidental:

"I believe that the rise of globalism has brought humanity to a new path of evolution: the increase in information and the migrations, as well as the economic exchanges, has brought a decline in the structures of the societies: religion, protectionism, family values, sexual values, employment security, etc.In consequence, there is a breakdown, people abandon these structures and there is a trend toward more decentralized structures. An example is the deregulation of certain domains where the governments were involved.The Self has taken a new definition : Our notion of who we are, our identies, are no longer attached to these structures. For example, less people consider themselves in terms of nationality as their primary identity. Some see themselves as Punk, Musicians, Technologist, etc. Religious values are also in decline, waiting to be replaced. You might have an opinion about it..."

O nosso Santo Fausto parece ter apresentado a sua candidatura, tornando a disputa politica numa disputa de Reis e não tanto de vermes de caixão; Eis o seu discurso, enquanto o lobo que carrega os chifres se passeava, cheio de ódio, por detrás da assembleia, inundando o local de uma névoa extasiante.

"Under a steady stream of ever-present data, the deterioration must begin. I've come to see it as a subsequent deterioration of former social structures and the Western worldview.

"The influx of "other" cultures has radically changed how we can view the world. The tendency to fall back on so-called "family values" (which are largely social or social-sexual in relation) is merely part of Spengler's "Second Religiousness." It springs from the idea that those who came before us can somehow save us again. This is made nil when you realize that all Empires must fall, and that in truth "Pax-Americana" is not a true Democracy but an Empire. Our Imperialistic tactics will be spent as time goes on. The current threat of Peak-Oil Crisis, engagement of "other viewpoints" (such as the "Muslim Threat"), etc. is a sign that the deterioration cannot be stopped at this point. As such the need for structure amidst the "chaos" becomes predominant. This, however, ends up neglecting the fact that it will merely heighten the rapid decline. The clinging to values, and so forth will merely strengthen the "entropy" of the system. Hence so many youth suddenly embodying"Punk" or "Anarchist" (or "Anarcho-Punk") political and religious mentalities.

"The rise of "Corpocracy" over "Democracy" - who really voted in the last election - those with the money, or the people? We abandon our powers to living, sentient entities in the form of corporations (which have been treated as sentient, self-serving entities by our own courts - a very "magickal" way of looking at it if you ask me) so that they might invest meaning in us as other methods of obtaining meaning diminish. Thus we have pop culture; vapid, insecure, and satirical.

"This is what we could term "second tribalism." Where-as the psychic-emotional (relating to the psyche and emotions - not so-called "psychic powers) ties to identity were once forged through nationality or "nationalism" (in the case of Pax-Americana), they are diminishing as we become one culture, one world - with a rotting middle class. Thus the "tribe" and "herds" become subcultural. Self-identity becomes based on music, clothing assessment, tattoos... Means of branding and inducting into complex social structures with their own agendas... (Which may merely be nihilistic.) "Artists" are diminishing as they become "pornographers" in the sense of how Joyce related them. They are no longer struggling for "art" but the "big-time." Selling the product, pandering out the sexual leanings of their "art" - be it music or otherwise. The most successful artists now utilize their talents for massive corporations, diminishing the true "art cultures" we once had into satires of"fake it and make it". Ironically, those that cling to the diminishing ideal (art) end up hurt the worst when they become consumed by the very thing they sought to get out there... It reminds me of the recent Revolver interview with Tool, where Maynard James Keenan said that all record executives could fuck off if they couldn't Google Tool and figure out why an album from them took so fucking long.

"Religion as we know it is dying. Satanism was, in my opinion, the first step towards this. By re-classifying heresy and other aspects as a valid "religion" Lavey did something fairly novel on a main-stream level. Former "religions" cling to impermanent views they wish to make permanent. As such they fail as cultures advance. Consider the hysterical stance of the "Catholic Church" which refuses to even acknowledge contraceptives, and declares them (like everything else in human nature) "evil." As HIV and other problems become more prevalent they stick to the idea that teenagers will never rebel and have sex, or if they do they deserve the "divine wrath" of dying from a hideous disease. Protestantism is no better in the West. The influx of information into the Middle East has led to the systemic rise of "Fundamentalism" so profound they'd kill us all simply because we don't see things the same way.

Religion, or at least past structures, are on their way out. Unfortunately the next "religious" or "spiritual structures" will either have to be created or taken from what we have... And one must worry as to what would happen of Scientology - pop-faddish and rediculous as it is - became the "next big thing" in the West. We'd better work at forging something better, otherwise one may soon find new Messiahs in the forms of ego-maniacs who created personality cults based on fictive elements and getting laid.As the chaos and tide of entropy sets in, I have high hopes. It just takes a few to re-react a new world-view and schema to access "self" and "reality" - but then, how do we find those 'chosen few'?"

Cipreste chegou com a conclusão provinda do Livro da Lei:
"'os reis serão reis para sempre: os escravos servirão. Nenhum existe que será elevado ou derrubado: tudo é sempre como foi. Ainda assim existem mascarados meus servidores: pode ser que aquele mendigo ali seja um Rei. Um Rei pode escolher a sua roupa como quiser: não existe teste certo: mas um mendigo não pode esconder a sua pobreza. Tolo! Se ele é um Rei, tu não o poderás ferir. Portanto golpeia duro e baixo, e ao inferno com eles!' Porém tudo pelo Amor! Tudo pelo Amor! Tudo pelo Amor!"

Neste momento o Lobo Ornado alimentou-se do sangue menstrual da Grande Prostituta, perfurou-a, e vestiu-lhe a pele, carregando o sacrificio do Grande Sabbath. A assembleia inteira participou de uma orgia inebriante. É com interesse que a comunidade reptiliana observa a mudança social no mundo dos mortos e adormecidos.

A Gerencia

Saturday, June 24, 2006

Jornal Reptiliano

Foi reportado que as entidades humanas possuem um novo candidato ao cargo de presidente da Grécia, dando-se este pelo nome de Cipreste e prestando promessas eleitorais muito inovadoras devido a caracteristicas ideologicas bastante singulares. Desconfia-se da natureza desta entidade eleitoral. Aqui estão algumas das suas propostas e dos seus já observados actos pouco usuais:


Cipreste apresentou-se hoje de chinelos, calças de lacra, e de camisa azul, aberta, ao geito tropical, entre advogados que diz, cada um, advogar o diabo, e homens de negócios que afirma, cada um, negociar os assuntos da alma. Perante o mundo bramiu apresentar uma alternativa nas comunidades planetárias, “Lugar Nenhum”, numa enchente de amor para todos e por todos. “Irmãos, eu não peço nada mas dou tudo! Banhai-vos de amor sob as estrelas! Amor é a Lei!”, o publico aplaudiu os penetrantes olhos azuis-escuros, e rejubilou quando Cipreste anunciou a construção da Nova Jerusalém, tendo como base o comunismo e a partilha, inclusive e especialmente sexual. “De todas as coisas, o amor deve ser a mais louvavelmente livre!” O alvo público ouviu finalmente as palavras porque naturalmente esperara desde a sua adolescência. Os panfletos de Cipreste podem já ser observados ao longo da Grécia e da comunidade planetária, sendo que se dispôs a falar já com mais de quarenta e oito localidades. Cipreste desistiu da Universidade porque, segundo fontes, a Universidade o emburrecia.

Para mais informações consultar
"LARNACA”




O Jornal Reptiliano tem pesquisado sobre o Deus dos Homens, e, consultou a opinião suportada pelo bom estudo cientifico de um ocultista de mão esquerda norte-americano, estas foram as palavras que gentilmente assim dispos:

"An average child (according to one study) is exposed to over 50,000 TV commercials before they even begin reading. Video is the only medium that uses emitted light. "Raw, pure, colored light emitted from the CRT screen. Besides the emitted light, there is the scanning of the Raster. This scanning is a very fast sweep of the electron beam (cathode rays) across the screen, left to right, top to bottom". "It is the modern version of Mesmer's watch swinging on a chain. Essentially, this dot of light is moving back and fourth across the screen at high velocity, impinging on your photo receptors with these periodic signals and that in turn creates a mind synchronization of alpha, beta, and delta waves."
DG
Nós procuramos, pensando na semelhança directa com a população comum, um prisioneiro alojado com as condições necessárias para, digamos, "ver TV". Inquirimos sobre a razão do seu passa tempo:
"to help me escape my body and deal with the torment of your own mind trying to eat itself because it has nothing else to feed from."
Willmyyoungblood
Marilyn Manson, sabendo do que reportamos, juntou-se aos entrevistados, dizendo, entusiasticamente, "Kill your God! Kill your TV!"




Perguntámos aos ditos especialistas no psiquismo se um humano como Crowley de facto possuia o poder de materializar, ou, se apenas pela Vontade e pela força da imaginação, podia hipnotisar um homem, ou realizar os seus pequenos truques de ilusionismo. Obtivemos resposta por parte de dois colaboradores:

"It is not so much training the mind to convince yourself what is not real is actually real, it is about manifesting...or making real what you want to be real" "You also said you don't accept that you can "materialize an object through imaginary senses". Firstly, I don't use imaginary senses, I use the real ones I have. "
Magi

Mas segundo o Cristão AE, a essência da Thelema não deve ser encontrada no sucesso material, mas sim no atingir dos mais elevados niveis da consciência.

"raising consciousness should become part of everyday life"

AE
Fausto, o Santo, que estava imediatamente a seu lado, facultou-nos de opinião contrária à habitual, na qual a expansão da consciência se veicula pela Otz Chim, aqui, segundo o Santo Fausto, a chave encontra-se em Daath:
"The Nails represent a path into the Astral that is neither based on Kabalah nor Enochian, but their own organized principle which a few die-hard fanatics have been trying to map out for a few years."
Sethiamon prosseguiu, cuspindo chamas e fumo das fossas nasais:
"I have found over the years of practicing mindfullness has revealed/created many architectures inside of my awareness. hard to say what i mean other then to say that there are many copies of conciousness,or minds.the organic body has its own enviroment as do the higher minds.all the work seems to be flushing the area with energy to reveal this architecture"
Mais alunos da mesma escola facultaram-nos outros exercicios de exploração do mundo invisivel, "I developed an inner sound technique that not only will access trance states but can also be used as the catalyst to a dynamic "Astral projection", todavia, ao fim de alguma insistencia o nosso rumo foi corrigido por um cão, o pug carlin que participa dos Man in Black, "Learn to see 'skills' rather than just 'exercises", enquanto o nosso reporter se espantava com o evento do canino, um membro do Templo de Seth decidiu desenvolver:
"A good example of this is when I got my ass blown off (while astral traveling) by a Catholic Priest "in the name of our lord and savior Jesus Christ!!" Was the effect of this real? Ab-so-fucking-lutely! Did this however mean that I am now going to convert? HELL NO!!! Many people are able to get results from all sorts of systems, which others simply do not resonate with, and that is simply how it is. So I say, let us not overlook the journey while we are staring at the car. For some of us these mysteries resonate at the very core of our being, perhaps it is simply that our genetic memories / archetypes resonate closely with that, closely enough at least to find common ground for bridging that abyss of the Black Flame which burns within our soul. Take of this what you wish, and make of it what you may. " Lazlo

Deitamos a nossa carta, planeando o entendimento de que ou os humanos entendiam a forma como tudo se liga no nosso corpo estelar, ou, em como, a sua percepção diferia.

"fluids being universal energies that have a relationship with everything aren't limited to our bodies at all, that's why they can influence every single thing out there." Andrew W

Perseguiremos o percurso de Cipreste.
Em breve convosco -

A Gerência

Thursday, June 22, 2006

There is a dream inside a dream, the more I wake the more I sleep - M. M.


"Não estou certo disso. Não estou certo disso... é muito tempo para um emprego que fica no minimo a duas horas de distância..." De facto, a oportunidade afigurava-se longe, na cidade da Lua decrescente, que ficava do outro lado do rio negro que transportava os mortos que se arrastavam de um lado para o outro, a mando de um qualquer necromante de mão não visivel. Quem não se mostrava muito disposto a ouvir tamanhas babuzeiras lamechas era a sua mãe, que, gorda, se fazia transportar numa cadeira de rodas. Enquanto as suas tetas se esticavam para estrangular uma metade dos seus bebés, respondia de modo autoritátio "á tu vais!", os outros bebés abriam e fechavam compulsivamente a boca, voltados para cima, na sua espera pelo alimento. Foi então que o decidiram a partir em busca do tesouro da perdição. Ele encontrou, na Cidade da Lua Decrescente, um local muito sereno, à beira do rio, por debaixo do qual as estrelas brilhavam duas vezes e as aves desenhavam profecias no seu dominio aéreo, as rochas transportando duendes do mundo etéreo. Depois descobriu que ali era paz, que ali era eterno, excepto nos cubiculos onde se trabalhava fechado, pelo menos para um inútil paralítico de semelhança a si. Lá estava a terra prometida: 'OCEANÁRIO de Lisboa (quer dizer, da cidade da Lua Decrescente)', leu. Meio hesitante, foi de encontro a um segurança. segurança este que o inquiriu, com um fato estupidamente laranja. "Vim por uma entrevista de emprego, com a senhora xpto", o laranja riu-se para dentro e para dentro o conduzio. Ele espera, enquanto alguns dinoussauros aprisionados se domesticam ao riso leviano das crianças. Os diabretes brincam agora com tudo, eles correm e transportam agora tudo, os diabretes apoiam-se num balcão e sugam o atendimento ao publico. Pobrezinha, ainda lhe sorri um sorriso sincero e reservado, (talvez um novo colega na inquiedade de se ser escravo imperador, quem sabe, até em coisas bem mais relaxantes e simultaneamente excitantes), "A madre teresa demónio ainda não chegou, dê meia volta, e vá para de onde voltou". Depois um rapazola sorria-me largamente, com um fato laranja (ou seria amarelo?), e as entrenhas saiam-lhe pelo orificio escancarado. "Não sejas como eu... não sejas como eu... não sejas como eu... Um gótico só devia sair ao crepusculo, um gotico só devia sair ao crepusculo, um gótico só devia sair ao crepusculo".

Procurou um café, depois, lembrou-se que o café era só para os parasitas do cobre, especialmente os cafés da zona. Então deslocou-se a um local que lhe era muito mais especial, muito mais saboroso, e entre a copa das arvores espreitou a luz solar revelar os mistérios da vida, do amor, e da morte. Recordou o seu grande amor, ali perpétuamente esculpido sem a necessidade do gasto da pedra. Descansou, observou o que lhe contava o relógio, e voltou ao local.

'Óceanário de Lisboa (isto é, cidade decadente)'. Hesitante, voltou. Observava agora os diabretes de mais perto, quase podia tocar-lhes. Brincavam de novo com os dinossauros, porque estas crianças são tão maiores. Conseguia sentir a pureza e a malicia que emanava dos seus poros a ventilar-lhe a pele, e soube-se mais imune do que estes pequenos infernos. Voltou à senhora do atendimento ao publico, duas decrépitas idosas lançavam-lhe olhares e cobiçavam-lhe a carne, o olhar, o sorriso, a alma. Interpôs-se. "A senhora xpto já chegou?" Sorria o seu sorriso embaraçoso e despaçarado, que sabia resultar, a sua desordem sempre fora o seu charme natural, talvez, o único charme natural (e não repetidamente lascado a martelo sagrado de sangue e de guerra) que lhe sobrava. "Não ainda, mas já deve estar a chegar", ele inclinou a cabeça, timidamente cordial, o gesto que já pouco se faz mas que era talvez o seu favorito. "Obrigado", e dirigiu-se de novo para as sombras claras, ignorando a bruma toda-circundante das crianças do diabo. E foi assim que deu entrada a Mãe de todas as Abominações, percorreu a loja de um lado ao outro, perfurando pelo gabinete. Seguiu-a, sem uma palavra, sentou-se na cadeira à sua frente e foi comprimentado, respondendo desta vez quase rudemente. Aquela mulher ameaçava-o, ele deixava ãs mãos amassarem-se entre si, imaginando que talvez amachucasse aquele naco de carne andante, ou talvez lhe estimulasse os mamilos soltos de sotien enquanto ela gritava no seu interior. (Que merda é este gajo?) pensa ela; (hey, eu hoje até vim com a roupa de um amigo!), pensa ele. "Está a pensar para o ano voltar a estudar?" - "Saberei quando o ano começar" (porque, acha que eu preciso de estudar muito para atender uma criança? ou para impedir que tirem fotos aos idiotas dos peixes? ou para passar bilhetes? sua puta?) "Mas quer dizer que vai estudar para o ano, ou não?" - "Não sei, isso é algo que ainda vou decidir" (deixa-me dar a este cabrão três distintas formas de morte), "prefere bilheteria, atendimento nesta loja, ou pavilhão?" (ena, a tipa até me está a dar o que escolher. "do que consiste o pavilhão?" - "praticamente não faz nenhum a não ser vestir um fato engravatado e por-se chique, quando alguém tira uma foto a um peixe com flash e calha estar a observar o mesmo peixe, pede para que desliguem o flash" e o inutil escolheu o pavilhão, interrogando-se qual a cadência dos dias na sonoridade da vida aquatica. Á saida, o rapaz cujo sorriso se debruçava sobre as entranhas escorregadias, "desejo-te muita sorte, muita sorte, muita sorte. Aqui eu sou o tolo, mas ganho cá de dentro o direito de lá fora, quando ninguém já vê, fazer o papel, igualmente, do diabo" Subiu, sem ninguém lhe impedir o caminho, passou as vedações, espiou os idiotas, pareciam mais perdidos do que os vistantes, encontrou o diabo, que, naquele momento, coçava a carne do queixo com as suas garras. Tinha o fato mais bonito de todos. Chamou-o para um canto obscuro e ali prosseguiu com a entrevista. Perguntas usuais, mesmo relevantes, como o curriculo. "E gosta de metal?" (será que o tipo simpatiza?) - "Acontece-me gostar" O incandescente sorriso de abutre ofuscou toda a vida maritima. "Pois... isso é por causa do metal?" (raios, mas o quê? o plover do meu amigo? ou será pela barba? o cabelo? bem, é curto, os pendentes estão escondidos; bem, seja como for, o metal é a pouca parte, mas o que compreenderia o diabo quando o único diabo sou eu?) "em parte" - "Pois... isso é tudo muito giro" ele quase parecia simpático tamanha era a sua putridão "é que o metal não dá emprego. queremos pessoas limpas e responsaveis. os metaleiros podem emprego num bar, ou no halloween, ou no carnaval, mas para a proxima não me falte ao respeito de sequer surgir aqui, pois sei que aqui chegou apenas por cunhas, agora vá se esconder" Ele sorriu, e despediu-se do diabo. "Só um momento", fê-lo voltar atrás, "conhecimento de linguas estrangeiras?", "perfect english, sir my devil"

Encontrou dois vultos negros perto da sombra dourada da agua corrente, ao dirigir-se ao retiro, beijavam-se como duas árvores viuvas em saudade. Depois, enquanto os seus pensamentos fugiam, uma chamou por si. Encontraram mais duas, e, a poucos passos, um operador fixava a rua, a sua carrinha estava aberta para a música se soltar. "Opium, desire or will". Ajudaram este homem nas suas funções. "Ajudamos os nossos". Teceram uma teia de compreensão lazuli e de ideiais dourados, e morreram de fome, presos nela.

Tuesday, June 20, 2006

A raiva causada pela frustação aliada à impotência, que sobe pelo peito acima rumo à cabeça que se torna toldada e inundada de pensamentos assassinos. Toda a minha vontade de aplacar as emoções é subjugada por uma força maior, que corroi as entranhas em busca de algo de que se possa allimentar pra continuar a crescer até matar. E no golpe desferido de acção criminosa é libertada toda a tensão acumulada até ao pico que é. E a paz vai retornando suavemente até se instalar…e todo o ódio se vai desvanecendo; já não existe ameaça, foi tudo suprimido pelo acto que no auge da capacidade de odiar, pôs fim à afronta e com a sua ida veio a calmia e o sossego que entra dentro do espirito nestes momentos. E agora é a culpa que vai aparecendo e a paz esvai se já mais rapidamente do que ao vir e dá lugar a um crescente nervosismo carregado de preconceito e condenação interiores.
O homem está condenado à priori do seu surgimento pelos registos passados de mão em mão de pai para filho, a viver em pecado até ao fim dos seus dias no seguimento de uma mesma história que se vem repetindo, assim como a procura da redenção e remissão dos pecados cometidos contra o irmão e contra ele próprio.
Se matou pecou…não obstante a necessidade extrema de pôr um fim ao próprio ódio que já por si é pecado; se não cede ao instinto assassino momentâneo dá lugar a um desfazamento do orgulho por vias de sujeição da sua vontade à vontade imposta pelos seus antepassados, não é um marginal mas no seu interior vive afastado da corrente. E só a morte o livrará do maior dos pecados, o de não se deixar libertar e correr livre pelos campos…
texto criado por
Laughing Shame

Monday, June 19, 2006

Jornal Reptiliano

Noticia de primeira página:

Foi avistada uma barcaça à deriva entre a neblina, que transportava, segundo os nossos reporteres, um senhor padre. Por momentos a neblina dissipou-se e o padre bramiu
"The GREAT PAN IS ALIVE!
The GREAT PAN IS ALIVE!
The GREAT PAN IS ALIVE!"
Voltou a desaparecer por entre a brancura, e os nossos reporteres souberam que ele era a morte.

Pensamos ter indentificado o personagem:

Segundo um Mago formado na Escola da Grande Divina Providência, que comunica também com os nossos sacerdotes, foi descoberto segundo um "talk show" realizado por via de transmissão astral, telepática e de nitidez akashica, um senhor padre estudante das estrelas, conhecedor de muitas linguas, amante de arqueologia, e que é dado pelo nome profano de Zelator Celestial. Este padre revelou uma nova peça do vaticano à Grande Fraternidade.

Estas foram as suas palavras quando interrogado sobre a origem desta nova peça da antiguidade:
"No, no. I lack the ability to speak with God. After all, I am only a priest. We don’t do those kind of things without first getting permission from a bishop. Sorry, I couldn’t help but throw in a joke. Take care my friend. "


Aqui está um excerto da ilustre obra, sendo que faz esta parte da constituição dos textos apocrifos:

"Don’t complain to Me that I am absent, long gone, or that I am remiss in taking an interest in your activities.

Hast thou forgotten? Have you fool no memory? A thousand years for Me is but a watch in the night. Morning has not yet come and I AM not yet done.

What mortal dare suggest that I be charged with dereliction of duty when it comes to fulfilling My Covenant or maintaining my sovereignty over history?

(God’s laughter)
Where is the prosecutor with the evidence to indict Me for the laws I create and deliver through my prophets?

Where is the jury with the neutrality to deliberate motive and opportunity regarding human fate and destiny?

(more laughter)
Where is the judge who understands case and precedent so he could judge Me, I who hold in the palms of My hands galaxies beyond number?

I require only one more or less righteous man one hour a day for forty-five years and I will place into his hands the exact hour of the life span of any dictator on earth. Such is the degree to which I openly share My power with humanity.

One hour a day meditate on the wonders that are around you arrayed and every other soul on earth—its depth, its breadth, it essence, the life within it and the nature of its power—it shall be revealed to you with perfect clarity.

How can you say, suggest, or imply for a moment, for an instant, that I AM not fully present and ready, willing, and able to work side by side with you in establishing justice upon the earth?

You think that I jest? That I AM a stand up comedian with an audience I have failed to inform that it is OK to laugh at My jokes?

I Am not done. Half of all that I Am--My Love can be found in the touch of a woman’s skin.

Hidden in that brain of yours is not just a wilderness of cinder cones, volcanoes exploding, lava tubes, and lava flowing, and the terrible hunger of lightning slashing the throat of a tree as it flashes into the ground to be free—I AM more than desire burning and fire’s endless yearning.

Hast thou never touched a woman’s breasts and been breathless? Have you never flesh against flesh and with a caress tasted the very Wonder of the Love with which I created the universe?

Have you never contemplated a woman’s image? Beyond the power of mind, only the divine within you can grasp, clasp, and find peace at last in her enfolding arms. How can I reveal My Mystery more plainly or display it with greater simplicity and precision?

The entire universe, its treasures, opportunities, wonders, and beauty are interwoven and bound within these depths--In the touch of a woman’s skin is the power that gives birth to the stars and sets the planets in motion around the sun. I suggest you try a little harder to decipher the laws of nature and the beauty of My creation.

Even to the archangels I have not revealed these things but to you I have given the keys to unlock My Mysteries.

I could have limited My revelation to the oceans, the rivers, the lakes, the seas, the rain, the teardrop, the blood in your veins. But I did not stop with these. In the touch of her skin is a moment without end, the very mystery unfolding of life giving birth to life and of one heart flowing into and through another.

Do you think that when I placed such a capacity for pain within your nervous system that I did not more than balance the equation with a joy and an ecstasy that more than justify the suffering?

As I Exist all that I AM I have revealed to you should you but search out the treasures hidden within your senses—the perception, sensation, and their transformation through imagination.

Come. Let us deal right now with whether I Am as distant as you imagine or whether I have turned My back on creation.

Answer for Me one single question--It is the one I have been asking you day unto day and night unto night from the beginning, Why won’t you love Me?"


Devido à natureza do apócrifo e à invulgar disposição do padre, permitimo-nos a questão do aultério, respondeu, meio trémulo:

"In a society where women are not fully aroused
The eyes of men are blind
Their hearts are closed.
Because they do not see
The inner light shining in all things,
They fail to attain their destiny."


O leitor do nosso jornal pode pesquisar mais sobre o assunto por meios do seguinte endereço:

http://www.lava.net/~pagios/talkshow3.htm

Sunday, June 18, 2006

MADMAN IN A FUCKING CAGE


Amigo leitor, quando ereis crianças indefesas, aprendesteis o basico sobre como se mover neste mundo, e tudo aquilo que aprendesteis foi por medo, ora pelo raspanete do pai e da mãe, ora por castigos, ora por porrada. Então vós sois produtos do medo. E ainda ha quem não goste do terror. Mas hoje em dia, já sendo adultos, julguais puder dizer a diferença? Quando começasteis a pensar que a vossa repulsa era atracção? Que o vosso ódio era amor? Que a vossa prisão era a vossa independencia? Porque é que somos tão nojentos? E porque é que não o aceitamos? Que apenas desejamos sobreviver? E porque é que pensamos que nos erguemos quando nos subjugamos? Eu não tenho desejo, apenas medo, que se foda o bode rompante e pulsante, corajoso e libidinoso, tudo o que o move é terror. Até os nossos bebés são feitos por via do horror puro. O horror mais puro, aquele a que chamam de amor...

Sublimar, sublimar, sublimar, a quintessência dos loucos.



Wish You Were Here (Waters, Gilmour)

So, so you think you can tell
Heaven from Hell,
Blue skys from pain.
Can you tell a green field
From a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?
And did they get you to trade
Your heros for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
And did you exchange
A walk on part in the war
For a lead role in a cage?
How I wish, how I wish you were here.
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl,
Year after year,
Running over the same old ground.
What have we found?
The same old fears.
Wish you were here.

VINDEX



“Ousei ser homem”, dizia-lhe ele.

“Tenho tido medo toda a minha vida. Mas, em recompensa, não sou nenhum monstro.” Ela respondeu.

E assim ela traiu-o.

E como se tendo contactado com Vindex, se fizesse terrorista, foi capturada.

Então, enquanto a torturavam a cada novo dia, e como se sentisse subjugada, com ódio e resignação, desprezo e desespero, veio a si uma estranha esperança fora de contexto, a que incorrectamente intitulava de esperança.

E no último dia, pediram-lhe o paradeiro dele, em troca da sua vida. Antes, não se sentia preparada para falar. Agora sentia-se preparada para não falar.

Então, porque ela era livre, Vindex libertou-a.

“Bem vinda ao mundo das Bestas”

Não quero a tua vida em mim, tu és um estranho.
Eu vivo nas aparências porque sei que elas significam a conduta.
Assim eu sou íntegro. E tu deves ser como eu, não te deixares desviar pelas influências, talvez nunca te voltes a encontrar. A tua atitude integra é a tua única prova de sucesso. Por isto eu sei que sou um bom homem, e que sou tal como fui educado, dentro da sociedade normal. Todos os vícios são fraqueza, a liberdade passa por nunca nos deixarmos enganar por aqueles que vivem à margem.

“I listened to everyone now I know that everyone is right”



"4. Thou hast called me, oh accursed and beloved fool.
9. Now know that I, BABALON, would take flesh and come among men."
BABALON
Jack Parsons

Eis a segunda oferenda de sete por sete + 1.
A ti, Babalon: o sémen da estrela de Seth e de Therion.
Que a Vontade realize o banimento sobre todos os que se lhe oponham.
Que o Amor evoque as santas metamorfoses do Dragão e as suas vitórias em desejo.
II
1
1.1
. Shhhh...
. . Hoor
.'. Pa
: : Kraat
2
2.1
: : A black spell has been cast to raise discordia
. ´. You will to separate the two and you will to be one with one
. . Now the dogs of envy ravish upon your soul
. Endure
3.
3.1
. Search for childhood if you wish for Venus favours
. . If she runs in 3, get her in one.
. ' . Let what's inside out, what's outside in
: : and finish the spell
4.
4.1
. I have spoken to you
.. Under the night of PAN
.'. That my actions are as but reflections of my true heart. And I told you the voice of relief
: : Under the night of PAN
5.
5.1
. I did spread myself in light for my delight
. . and I saw that it was good
. ' . The creation of a flesh prision; ashamed, I saw how horefull goodness is
: : I have spilt a New God for liberation. And I have spilt Him from this discusting sex, bathed in white
6.
6.1
. I like to watch the bulls eat the earth, they eat the sons of earth, they eat the corpses
. . The Keeper will throw me in their abyss too. The Keeper will smash my legs and will me to fall
.'. But I know life is but a dream and I the whole creator, no one will hurt me now
: : The beast for the men, the men for the beast

6.2
. She opens her mouth in "O" and sucks the world in a curse
. . She turns into old flesh
. ' . she is the perversion of the Will
: : The vampire witch at the door of Void
7.
7.1
. Silence
.. The spell of Lorelei's music
.'. The dogs surround me, they are my circle, barking and biting, cause I'm no longer there.
: : I am the vampiric call in your every door of perc(f)eption.
"77. Set my star upon your banners and go forward in joy and victory. None shall deny you, and none shall stand before you, because of the Sword of my Brother. Invoke me, call upon me, call me in your convocations and rituals, call upon me in your loves and battles in my name BABALON, wherein is all power given! "
jACK pARSONS
Do what thou wilt shall be the whole of the law.
There is no law beyond do what thou wilt.
Love is the law, love under will.

Friday, June 16, 2006

A Realidade segundo a Linguagem


Santíssima Trindade

Mal
do Lat. malu
s. m.,
aquilo que prejudica ou se opõe ao bem;
doença;
dor;
desgraça;
calamidade;
castigo;
punição;
prejuízo;
inconveniente;
imperfeição.



do Lat. male
adv.,
a custo;
de modo irregular;
erradamente;
pouco;
escassamente;
conj.,
apenas;
logo que;
assim que.

loc. adv.,
menos -: assim-assim, sofrivelmente.




Bem
do Lat. bene
s. m.,
tudo o que é bom, justo, agradável e conforme à moral;
virtude;
utilidade;
benefício;
felicidade;
pessoa amada, ente querido;
(no pl. ) domínios;
(no pl. ) propriedades;
adv.,
muito;
convenientemente;
com perfeição, completamente;
justamente, com acerto;
interj.,
apoiado! bravo!.


Moral
do Lat. morale
s. f.,
conjunto de costumes e opiniões que um indivíduo ou um grupo de indivíduos possuem relativamente ao comportamento;
conjunto de regras de comportamento consideradas como universalmente válidas;
parte da filosofia que trata dos costumes e dos deveres do homem para com o seu semelhante e para consigo;
ética;
teoria ou tratado sobre o bem e o mal;
lição, conceito que se extrai de uma obra, de um facto, etc. ;
s. m.,
conjunto das nossas faculdades psíquicas;
o espiritual;
adj. 2 gén.,
relativo aos costumes;
que diz respeito à ética;
relativo ao domínio espiritual.
















A Mãe

do Lat. evolutione
s. f.,
acto ou efeito de evolver-se;
passagem lenta e gradual de uma a outra forma estável;
desenvolvimento progressivo de uma ideia;
movimento regular de tropas em manobras ou de esquadras de navios;
movimento de certas aves ou de aeroplanos, voando;
teoria biológica que admite a transformação progressiva das espécies;
crescimento sucessivo;
mudança.






O Pai
do Lat. *desediu ou b. Lat. desidiu
s. m.,
aquilo que se deseja;
apetite;
cobiça;
anseio;
propósito;
intuito.




Aquele

do Lat. innominabile
adj. 2 gén.,
que se não pode nomear;
a que se não pode dar nome.


O Inominavel deseja, a evolução torna-se prenha, e os seus engenhos, a moral, o bem, e o mal, são joguete, joguete do Desejo.Se o homem deseja aprender a Arte Divina, que ele se erga acima do véu da ignorância chamado bem e mal por si mesmos, de encontro ao Grande Agente...

CAP I
LIBERDADE
1 - Desejo

VI

“O que o homem melhor aprende nesta vida, é a odiar e a descriminar, isto, é claro, junto à arte de se envergonhar com violência tamanha, tamanha. Então o mundo quebra-o, já depois de quebrado, e verga-o já depois de vergado, neste momento ele aprende a agir como aqueles que aprendeu a odiar.” Riu-se. “Mas tu vais aprender mais ainda, vais aprender a ser aqueles que ousas odiar…” E com isto, levou-me a praticar determinadas danças com as máscaras, e a permanecer nas posições engendradas para as minhas desprezadas personagens, fez-me, igualmente, escrever novas dissertações desta vez através da boca e do pensamento das mesmas. Também, este pediu-me para construir uma bandeira cujo emblema simbolizasse todo o tabu que me restasse, e um poema em adoração ao mesmo. E, tendo eu isto realizado, transportou-me para um círculo entre as vinhas, à luz da Lua. A norte, encontrei uma vela escarlate, uma vela púrpura a oeste, a este e a sul velas negras, todas estas acesas. Ao centro estava um altar com a minha pequena prece em adoração e o emblema que pintara, juntamente com vários cálices de cristal. Havia, sobre o altar, um pano vermelho com um pentagrama invertido em dourado ali incrustado, juntamente com um sino. Ardiam, em volta do círculo, vários cigarros. Quando olhei para o meu companheiro, e desta vez sem adrogenidade, senti-me totalmente atraído por ele, ganhava contornos masculinos de besta luxuriante e libidosa, e eu, sentia-me femenino, como uma prostituta insaciável para a qual tudo é bom. Por momentos, ele recordava-me do meu pai. Parecia cheira-lo. Aproximou-se de mim, colocou a mão no meu peito, empurrou-me contra o altar, no qual me postei sentado. Tomou, com o calor da sua boca, o meu pénis, e eu adorei-o em palavras, exaltando a sua liberdade. Ele colocou-se agora sobre mim. “Nós acreditamos…” e senti-me compelido a prosseguir a sua frase com tudo aquilo que ainda encontrava resistência no meu sistema de crenças ou na minha ética ou na minha educação. A sensação de ausência de barreiras era intoxicantemente erótica, oferecendo a excitação de um Pânico desconhecido, deixado em ardente desejo durante séculos. Ainda sobre mim como uma fera, ele retirou a adoração que eu escrevera induzindo-me a recita-la. Fi-lo, e fez-se, por sua vez, silêncio. Então, ergueu-se e pendurou o sino ao seu pescoço, ficando, depois, de pé, fitando-me repleto de desejo e de domínio. Eu coloquei-me de gatas, voltando o meu ânus para si. Quando me penetrou eu gritei uma adoração a si, como a prostituta terrestre que recebe a besta libertina, livre e luminosa. Nós gemíamos, juntos, um ofegante hino a Lúcifer, o sino balançava como se provindo de um bode, e, ainda dentro de mim, ele ergueu-me de encontro ao altar, afastando as minhas pernas e depositando as minhas mãos nos cálices. “Beija-os, em minha honra!” Fi-lo declarando “em tua honra” e bebi-os, apercebendo-me de que bebia o seu esperma e o seu sangue. Senti-me agoniado pelo eminente vómito, mas ele desviou a minha atenção, “exalta esta dádiva e bebe-o em vida, com vida e pela vida”, quando o fiz ele riu-se, apertando-me contra si na penetração. “Vira-os ao contrário, e se uma só gota cair, assassino-te aqui mesmo”, obedeci, nenhuma gota sobrava. Ele cantou em latim aquilo que percebi ser um hino ao Sol e a Lúcifer, à Luz, à sombra da Morte, e a algo sideral. Voltou a colocar-me de gatas sem nunca sair de mim, tornando-se, agora, especialmente violento, e empurrou a minha face contra a bandeira. Adorei-a como sendo o Sol e o simbolo escolhido pelos deuses, a única via para a coragem e para sonhar. Por fim, levou uma mão ao meu órgão sexual, instigando-o, e explodiu em mim, soltando-me e deixando-me em desejo. Levou um dedo ao meu ânus, e provou a branca espessura. Riu-se. “E depois da copulação, eis que te decepei.”
E foi assim que perdi toda a restea de humanidade, tornando-me, finalmente, humano, e especialmente, e acima de tudo, animal. Até a minha capacidade de raciocínio perdera qualquer base sólida. Nada era verdadeiro, mas o Universo estava revestido da minha carne, e, encontrava-se, no meu desejo, selado. Não haviam leis, tudo, dado a falsidade de qualquer coisa, era permitido, e foi assim que me dirigi, em dúvida, ao diabo, interiorizando com problemas o seu dito casamento com as leis universais. Nesta altura, o diabo forjava uma espada, que, servia, dizia ele, para decapitar pessoas iguais a mim. “As verdadeiras leis, aquelas a que chamo leis universais, não são atingidas por meios racionais, os quais as podem apenas representar defeituosamente. As leis cósmicas acontecem naturalmente, quem as acolhe planta prosperidade até depois da morte, se tiver, com isto, uma consorte. Quem as rejeita, por sua vez, colhe miséria. Ninguém que esteja preso a certas convenções alcança a compreensão destas leis, mas nenhum negócio ocorre sem determinadas regras. Esta espada tem a função de separar a cabeça das serpentes do seu corpo, e isto tem dois significados, ora que a serpente é a força auto-inteligente e, que a partir do momento em que a dominamos a nossa inteligência se torna soberana; ora que é capaz de libertar o homem das amarras do pensamente falso e eleva-lo acima dos planos racionais; traduzindo, tu, como exemplo, és uma serpente, uma serpente rastejante que caminha às voltas a morder a própria cauda, neste caso, decapitar-te é unir finalmente a cauda à cabeça, deixar de diferencia-las, neste sentido, a serpente torna-se na eternidade, algo além do inicio e do fim, e isto continua inominável para a razão quotidiana.” Foi a minha vez de me rir. Achava o diabo confuso e estava disposto a expo-lo. “A serpente ofereceu o fruto proibido, portanto, a Adão, a Eva, e a um determinado ser hemafrodita. A lenda diz-me que sou filho de Adão, e o mesmo me fizeste crer, tendo, todavia, comparado-me, agora, à serpente” A sua mão voltou a estalar suavemente contra a minha face, alterando a minha percepção. “Não és tu eu, como te mostrei no espelho, e não sou eu tu? Eu sou o hemafrodita que comeu da vossa hedionda fruta e resistiu, vós sois o homem que comeu da vossa própria fruta e apodreceu. Tu aprendeste a primeira lição relativa à Liberdade, e esta é o desejo. Para se chegar à liberdade, é necessário ressuscitar, para ressuscitar é necessário falecer, para se falecer é imperial desejar. Eu cortei a cabeça desta serpente, mas eis que se agoniza ainda, falta-lhe a morte, que, sem espera, se aproxima a passos largos”

Thursday, June 15, 2006



Jornal Reptiliano

Noticia de 1º pagina:

O Diabo deles é o Dealer, e Deus é o Diabo

Para se negociar com Deus/Diabo basta seguir alguns dos regulamentos:

Sacramentos:
Baptismo – pode entrar para a família (uma espécie de máfia)
Crisma – duas vezes da família
Eucaristia – se se meter em linha e abrir a boca o corpo de Cristo pode penetrar
Confissão – o direito ao perdão
Ordens sacras – sobe-se de classe para pequeno diabo
Matrimónio – é atribuído ao titular deste sacramento o direito à copulação gratuita, tendo unicamente de pagar o tributo de um filho
Extrema-unção – Os porcos moribundos deixam este mundo perdoados por serem aquilo que são


Culto a Maria e aos Santos:
Oferta de uma mascara psicológica. Ou, determinados favores consoante os demónios a ser utilizados.

Céu e Inferno:
Se o titular seguir todos os regulamentos, é-lhe conferido o direito ao Céu, onde os santos, Deus Pai e outros demónios se encontram em estagnação eterna.
Ele pode também pagar os seus juros com determinados serviços no purgatório ou optar pela vida livre (a vida de suplicio) no inferno, em convivência com Satanás.


Serviço de Trocas a Respeitar em favor do Céu
10 mandamentos:
1. Amar a Deus sobre todas as coisas. (a possibilidade dos seus castigos puderem, eventualmente, serem saboreados)2. Não tomar Seu santo nome em vão. (obtenção de maior atenção por parte do Divino)3. Guardar domingos e festas. (a impossibilidade de sermos forçados, nestes dias, por um homem de moral, a trabalhar)4. Honrar pai e mãe. (não entrar em conflitos)5. Não matar. (a possibilidade de se poupar esse esforço, se o titular comportar todos estes mandamentos conquistará o direito a um pedido de genocídio efectuado por parte da Divindade)6. Não pecar contra a castidade. (a honra de se ser mais apetitoso perante o vampirismo da Divindade)7. Não furtar. (o evitar de confusões)8. Não levantar falso testemunho. (excepto Moisés)9. Não desejar a mulher do próximo. (evita a erecção do pénis em presenças indesejadas)10. Não cobiçar as coisas alheias. (cura a licantrofia)
- Omnipotência demoníaca por via da abstinência

Serviço de Trocas a Respeitar em favor do Inferno
Os Sete Pecados Capitais:
1. Gula (prazer)2. Vaidade (prazer)3. Luxúria (prazer)4. Avareza (prazer)5. Preguiça (prazer)6. Cobiça (prazer)7. Ira (prazer)
- Omnipotência angelical por via da libertinagem

Os Mandamentos da Igreja:
1.Participar da Missa nos domingos e festas de guarda. (o cérebro trabalha menos, assim libertando o titular de esforços desnecessários)2. Confessar-se ao menos uma vez ao ano. (alternativa barata ao psicólogo)3. Comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição. (os venenos do grande opressor devem manter o seu efeito, em ordem a salvar a humanidade da sua caótica loucura)4. Santificar as festas de preceito. (uma festa deve ser, culturalmente, religiosa, em ordem a diminuir o seu carácter libertino)5. Jejuar e abster-se de carne conforme manda a Santa Madre Igreja. (cura a licantrofia)

E os Mandamentos da Caridade são:
1. Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua mente. (you get to be his secret lover up there in the throne)2. Amarás a teu próximo como a ti mesmo. (you get to be and fuck everyone)

Se quereis um pecado sem sujardes as mãos, sede bons, e Deus, Chulo Dono do Capital do Pecado, o concederá.

Tuesday, June 13, 2006

The Birth of Babalon
(by John Whiteside Parsons, 1914-1952 e.v.)

What is the tumult among the stars that have shone so still till now?
What are the furrows of pain and wrath upon the immortal brow?
Why is the face of God turned grey and his angels all grown white?
What is the terrible ruby star that burns down the crimson night?
What is the beauty that flames so bright athwart the awful dawn?
She has taken flesh, she is come to judge the thrones ye rule upon.
Quail ye kings for an end is come in the birth of BABALON.
*
I have walked three dreadful nights away in halls beyond despair,
I have given marrow and tears and sweat and blood to make her fair.
I have lain my love and smashed my heart and filled her cup with blood,
That blood might flow from the loins of woe to the cup of brotherhood.
The cities reel in the shout of steel where the sword of war is drawn.
Sing ye saints for the day is come in the birth of BABALON.
*
Now God has called for his judgement book and seen his name therein
And the grace of God and the guilt of God have spelt it out as sin
His bloody priests have clutched his robes and stained his linen gown
And his victims swarm from his broken hell to drag his kingdom down.
O popes and kings and the little gods are sick and sad and wan
To see the crimson star that bursts like blood upon the dawn
While trumpets sound and stars rejoice at the birth of BABALON
*
BABALON is too beautiful for sight of mortal eyes
She has hidden her loveliness away in lonely midnight skies,
She has clothed her beauty in robes of sin and pledged her heart to swine
And loving and giving all she has brewed for saints immortal wine.
But now the darkness is riven through and the robes of sin are gone,
And naked she stands as a terrible blade and a flame and a splendid song
Naked in radiant mortal flesh at the Birth of BABALON.
*
She is come new born as a mortal maid forgetting her high estate,
She has opened her arms to pain and death and dared the doom of fate,
And death and hell are at her back,but her eyes are bright with life,
Her heart is high and her sword is strong to meet the deadly strife,
Her voice is sure as the judgement trump to crack the house of wrong,
Though walls are high and stone is hard and the rule of hell was long
The gates shall fall and the irons break in the Birth of BABALON
*
Her mouth is red and her breasts are fair and her loins are full of fire,
And her lust is strong as a man is strong in the heat of her desire,
And her whoredom is holy as virtue is foul beneath the holy sky
And her kisses will wanton the world away in passion that shall not die.
Ye shall laugh and love and follow her dance
When the wrath of God is gone
And dream no more of hell and hate in the Birth of BABALON