Tuesday, June 20, 2006

A raiva causada pela frustação aliada à impotência, que sobe pelo peito acima rumo à cabeça que se torna toldada e inundada de pensamentos assassinos. Toda a minha vontade de aplacar as emoções é subjugada por uma força maior, que corroi as entranhas em busca de algo de que se possa allimentar pra continuar a crescer até matar. E no golpe desferido de acção criminosa é libertada toda a tensão acumulada até ao pico que é. E a paz vai retornando suavemente até se instalar…e todo o ódio se vai desvanecendo; já não existe ameaça, foi tudo suprimido pelo acto que no auge da capacidade de odiar, pôs fim à afronta e com a sua ida veio a calmia e o sossego que entra dentro do espirito nestes momentos. E agora é a culpa que vai aparecendo e a paz esvai se já mais rapidamente do que ao vir e dá lugar a um crescente nervosismo carregado de preconceito e condenação interiores.
O homem está condenado à priori do seu surgimento pelos registos passados de mão em mão de pai para filho, a viver em pecado até ao fim dos seus dias no seguimento de uma mesma história que se vem repetindo, assim como a procura da redenção e remissão dos pecados cometidos contra o irmão e contra ele próprio.
Se matou pecou…não obstante a necessidade extrema de pôr um fim ao próprio ódio que já por si é pecado; se não cede ao instinto assassino momentâneo dá lugar a um desfazamento do orgulho por vias de sujeição da sua vontade à vontade imposta pelos seus antepassados, não é um marginal mas no seu interior vive afastado da corrente. E só a morte o livrará do maior dos pecados, o de não se deixar libertar e correr livre pelos campos…
texto criado por
Laughing Shame

1 Comments:

At 2:22 PM, Anonymous Anonymous said...

É mesmo isso que é necessário,
Libertarem-se e correrem livres pelos campos.
Até lá,
O texto diz tudo!

Vim pelo link que deixas-te no Atcapricorn!
Espero que não te importes de ser linkado.

Abraço
Almaarea Na

 

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