Sunday, September 17, 2006

Tu sabes em que esfera me vou esconder, quando o meu nome for conhecimento?
Tu sabes que me podes estar a perder, e ainda ter consciência disso, um previlégio que todos os estranhos deixam escapar por direito.
Deves, mesmo, saber que estou doente com o teu pulsar de mortal. Que a eternidade se sacrifica quando respiras ao pé de mim. Deves saber que eles costumam nomear os momentos de amor.
Se olhares bem para o que te dizem os meus olhos, ó pacto de sangue, vês que já te matei no mar de esquecimento da vida que jamais será abandonada. Quanto mais amor avistares num olhar destes, maior será o desconhecido que a alma que o veste sofrerá. Não há como seguir um amante na sua cavalgada selvagem. Não há como estares a salvo. Tu sabes que um dia romperei a tua coluna. E que as raízes das arvores profundas se afundarão tanto que penetrarão a morte. E depois quem saberá de nós e da nossa eternidade senão os deuses que queimam, e a nossa assinatura na história viva contada de dentro para dentro, em preplexos avessos.
A vida é a dádiva amor, a dádiva a tudo o que transcende por todo o lado, e não pode ser de outra forma. Ofeceço-te por todos os reconditos. E tu, que procuras desfazer-te em mim, sem nunca me descobrir, estatelas-te contra ti (isto para riso dos demónios)
Devorar-te custa-me. Mas tem de ser, porque depois será a minha vez na toxina da boca do reptil. Sim, esse, que eu trituro também.

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