Friday, October 06, 2006

A minha morte
escrita a poucas palavras:
vento
pedaço de pano
algodão
seringa
gotas no abismo
rasgar
silencio erudito
moscas
pregaminho com sangue
assinatura
lápide poética
sol do deserto
risco no chão
luz nos ossos
janelas do luar, no amanhecer
sons inquietos e um baque
rosto
gesto
maquilhagem
comprimidos
sopa geláda
um santo
farrapos de carne
bolos de abobora
silhuetas
ventriculo
rugas
dor
prazer
morrer
susurro sombrio
marmore
palidez
vinho tinto
veneno.

ABISMO.
CARNE; BOCA
O Sul, cheio de Fogo.
O Norte, cheio de Gelo.
A LUZ FUNDIDA.
A TRAÇA E A MÃO DECEPADA.
UMA ROLHA, EM TODAS AS ESPERANÇAS.
UM TRUNFO DE ESPADAS E UM CORAÇÃO NEGRO.
JAZER, ONDE MAIS NÃO.
FIM.

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