Tuesday, October 17, 2006

Não engendro, o porquê
de ser feito o que fui
Pois é nos momentos de nenhuma razão
que sobressai maior entendimento.

Alcancei até ao sopé da memória
onde tudo se perpetua
gloria ingloria;
E de ali ter existido, reflexo
sou agora o que sou
de muito simples, complexo.

Se cheguei até à verdade
da ilusão
- e que toda a realidade
engana -
que ha sempre outro Outono
e manhã outra
que tanto me faz o escuro
quanto a vela
e que os acrescentos dos homens
são como merda;
Se de fora contemplo,
nada mudou
e o Mestre do Templo
é só mais um, que se cansou
(e só por isso ousou)
todo ele cansaço Ser.

3 Comments:

At 5:45 AM, Anonymous Anonymous said...

mas o que é a verdade?quando podemos ter a certeza que quando encontramos a verdade esta realmente o seja?
e ilusao? nao será tudo uma ilusao que repoe os polos,constroi muralhas, desvanece inquietudes.. desampara a alma..
e reconforta a capacidade de nos agarrar-mos à vida..

Sábio doce melancolia..
Como cartas dilacerante,
desvairado.
inconclusivo..



abraço

Artemisianna**

 
At 9:28 PM, Blogger HornedWolf said...

Cara Artemisa,
As minhas mais sinceras respostas:
A verdade é a Liberdade.
Podemos ter a certeza quando decidirmos.
Tudo uma ilusão? Sem duvida. E então, não será a ilusão uma ilusão?
Será que somos nós que agarramos a vida ou seremos, em vez, suas presas?

"Sábio doce melancolia..
Como cartas dilacerante,
desvairado.
inconclusivo.."
Isto sou eu?
Desvairado sim, um perigo, já devia ter levado um tiro na cabeça ha muito.

 
At 2:14 AM, Blogger Anji said...

adorei este poema. além de profundo está mto bem escrito...

 

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