Saturday, October 14, 2006

Eu evoquei-a
sobre as estrelas.
Ela veio a mim
em amor perfeito.
Deu-se toda e
sem necessitar
tomei-a aos poucos.
Em vales secretos
eu criava pactos
de um céu prometedor.
E por debaixo
da escuridão aquecida
os seus ovos de amor
soltavam formas vampirescas
espalhou o inferno
sobre os meus pés,
e deu-se na cruz do meu tormento.
Vendo destas contrariedades
em esgares celestes
segurei a sua mão.
Atirou-me todos os seus pesos
arrastou-me aos abismos
e, já no fundo do mundo
larguei a sua mão.
Chamou-me por pai
e disse que a matei.

O peito, rasgado,
jorrou sangue,
sem parar.

E eu amaldiçoei-a
pelo meu amor.

2 Comments:

At 2:40 AM, Anonymous Anonymous said...

Ainda hoje trago sempre comigo as chaves dos nossos corações. Guardo com muito carinho as suas entradas. Amor como o que eu sinto por ti não morre, mas é um amor diferente do que como secalhar o "defeni" um dia. Diz o que quizeres sobre as minhas atitudes (ou as que não tenho) amaldiçoa-me as vezes que tu quizeres, não muda nada. Adorei voar contigo e tenho saudades, mas espero que fiques contente por eu andar á procura do meu caminho, o que eu preciso agora, as necessidades alteram-se. Não penses que eu não agarrei a tua mão, ajudou-me mais que tudo, sem ela provavelmente não estaria aqui, talvez (porque absorta em tantas perplexidades) os teus olhos perceberam-me distante, estava em constantes comflitos. Se ainda me conheces, deverás saber o quanto sou livre e isso não é sinónimo de abandono. Eu amo-te mesmo que não acredites. Tive de voar para longe... e fez-me bem. Mataste-me sim... e queres saber? Ainda bem, imortalizas-te algo demasiado precioso para se perder nos dias e enterras-te o que era preciso ser enterrado. Desculpa as dores, os abisbos, as lagrimas, o sangue... Sei bem o que tudo isso é e nunca terá sido minha intenção fazer-te saborea-los propositadamente. Hoje olho para trás e embora bastante doloroso foi superiormente belo (cada momento) porque estavas presente, abraçaste-me e fizes-te ver-me e sentir tudo de uma maneira divina. Tudo o que vejo, como vejo e sinto hoje deve-se a ti, acolhes-te-me, ensinas-te-me, agora se poderes perdoa-me pela "distância"

 
At 3:03 PM, Blogger HornedWolf said...

Dizem: aos vivos deve-se que se cuide deles enquanto vivem; é aos mortos que se deve a eternidade.

Parece, talvez, que somos mortos e vivos? E que o nosso sangue se trocou nas caricias mortais da vida.

Podia escrever mil criticas, voltar mil palavras, mil promessas tuas contra ti, mas se dizes que não te importa, então não importa. Ou talvez salve o meu veneno para tempos mais letais.

Com amor, danação, e graciosidade.
Ou, simplesmente, com amor :)

 

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