Saturday, August 26, 2006

Pela luz do rio eu espero algo que, no espaço da alma, se encontra como um vazio, um vazio cheio de esperança, onde a saudade permanece. Este vazio é um continuo, uma corrente de eternidade familiar, é a minha habitação e o meu pesar, é o meu vagar e, o lugar do teu olhar. Os reflexos ali são como lagrimas silenciosas enquanto, num vulto escuro e frio, faço frente ao rio: é o rio de uma vida que parou, onde só eu permaneci, móvel e fulgoroso. As correntes do tempo deverão levar-me a conhecer todo o mundo, e eu estarei nenhures, mas na eternidade de uma coisa desconhecida dos homens que nunca ousaram morrer.

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