Criei o meu rebento e vi-o tornar-se homem. Durante toda a sua vida, procurei, em terror, protege-lo dos nossos (mantê-lo no bom caminho – quanta hipocrisia…). O perigo, não está na realidade que nos é estranha, está, sim, naquela realidade que nos é habitual e que, se ameaçada por um do nosso sangue amaldiçoado, desperta a cólera e a cegueira predadora dos restantes. A realidade será sempre relativa, mas a posição em que o homem a põe ganha vida e vontade própria. Este é o Deus deles, e, por amor ao filho que tenho, ensinei-lhe todos os seus mandamentos. Pu-lo na fila dos homens que serão atrelados pelos macacos do outro lado do véu, e convenci-o que teria um futuro brilhante. Agora só lhe resta esperar pela morte. Eu, cá por mim, sou um homem que observa através dos olhos desta morte, sou antigo o suficiente para saber todos os segredos desse Deus, e os segredos da inteligência do homem, do destino, da verdade, e de todas as peculiaridades. O meu cajado está cheio de Conhecimento: Insanidade. O destino é loucura, loucura é a verdade, a inteligência é demência, o Deus delírio, as peculiaridades alucinações. Não existe escapatória para o homem, excepto a parafernalia para se salvar de si mesmo, aniquilando-se. A Morte exige maior compreensão, ela deseja alimento, e é a boa Pastora.
Medo, pavor, confundido com atracção, amor.
Nada ha aqui para vós.
Nada ha aqui para vós.
Nada ha aqui para vós.
Nada ha aqui para vós.
Nada ha aqui para vós.
Nada ha aqui para vós.
Nada ha aqui para vós.
Então?... Porque esperais?
Movei-vos ó homem, e sede então como o Resplandecente Todo!
Sede então o Novo Deus!
Por Thanatos, por Lúcifer.
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