Eu, que sempre te brindei de amor, e só amor, e nada mais que amor; Tu, que sempre me deste amor, e amor só, nada mais, só amor, como é que te tornas, em momentos, puro pesadelo?Existe deus algum que faça justiça a esta questão? Ter-te nos pormenores, respirar parado, sangrenta paixão. Contemplar-te nos prédios que nunca acabaram de se construir (quando antes campos alvos), que encerram, nas portadas abertas e de escuridão celadas, os urros de mil bestas desesperadas, o badalar repetitivo na demência dos relógios de parede da ausência, quartos abandonados, desolados, em que te encontro já desfigurada pelas ocasiões imperfeitas que passaram por nós e nos comeram os corpos (antes completos), e ser o liquido negro espesso que escorre o teu corpo de amor e horror, o pranto que brotou em golpes estranhos e insaraveis de caricias que foram doces.
Só, talvez, um deus da perdição. O sacerdote do nosso matrimónio. Do nosso lugebre perpetuamento.
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